sexta-feira, 8 de julho de 2011





Hoje vou relatar um caso de emigração acontecida no meu país e de alguém que me é bastante próximo.
Vivia numa aldeia do interior, Várzea da Serra. Nessa aldeia tinha estudado até à 4ª classe o que nessa altura, era bastante bom. Lá trabalhava na agricultura, principalmente no cultivar da terra.
Ainda jovem sonhava em sair da aldeia que o vira nascer. Em 1953 veio para a cidade de Lisboa, a capital do seu país. Veio com objectivo de ter uma vida melhor e poder dar um futuro risonho à família que iria construir.
Quando chegou à cidade em 1972 ficou surpreendido ao ver bastantes prédios, carros, estradas largas e o que o surpreendeu mais foi ver uma pessoa de cor negra, pois nunca na sua aldeia tinha visto tal coisa.
Cá foi viver para uma barraca, que era do tio que já cá vivia há algum tempo. Não era o que esperava encontrar para morar. A sua adaptação foi um pouco dura pois começou a trabalhar na construção civil, a comida era totalmente diferente da da sua aldeia, havia bastantes alimentos enlatados, coisa que onde vivia não existia, pois era cultivado e colhido.
O andar de autocarro foi uma surpresa pois na sua aldeia não havia. Havia sim um táxi para se deslocarem para outras aldeias (cidades em redor) e poucas vezes era utilizado não só com um ocupante mas só saia da aldeia quando se reunia as pessoas que enchiam o táxi.
Impressionou-o bastante o tanto que havia lojas e ruas na cidade, o modo de falar que se utilizava na cidade era um pouco diferente do seu, ou seja certas palavras usadas na sua aldeia eram palavrões na cidade.
O viver alguns anos na cidade fez mudar a sua maneira de pensar em alguns aspectos que aprendera com as pessoas de idade da sua aldeia.
O modo de falar também fez com que tivesse mais conhecimento por algumas matérias veiculadas através dos jornais e televisão, televisão que na sua aldeia só havia no café da Igreja e era a preto e branco. Hoje em dia ainda visita a sua aldeia, mas a sua vida é na cidade.
Comunidade brasileira




Desde há muito que Portugal é um país de emigrantes. Ao longo dos tempos Portugal tem recebido pessoas de vários países, mas a maioria vem do Brasil. Do Brasil pois tem um pouco a ver com a língua. A nossa sociedade está cada vez mais constituída por imigrantes de várias nacionalidades, mas principalmente de pessoas de origem brasileira. Cada vez mais a sua integração na nossa sociedade vem sendo maior por vários motivos. Concordo com alguns aspectos em que alegam as pessoas brasileiras que conheço. Concordo em que estas pessoas tenham direito a um trabalho digno, terem direito á mobilidade, direito ao sistema de saúde, direito á educação, mas tendo estes direitos mostrando algo que faça movimentar o nosso país como por exemplo, pagando impostos e pagando as suas compartições perante o estado português como qualquer cidadão português.
Em Portugal há muita descriminação para com estas pessoas, mas elas próprias também não ajudam dizem que se sentem discriminadas racialmente, muitas vezes dizem “ à é por nós sermos brasileiros”, mas o que elas não sabem é as nossas leis, direitos e deveres da sociedade portuguesa. Isto é algumas pessoas brasileiras são bastante racistas e não o co9ntrario
Admiro-os por virem para um país que não conhecem e o que têm a seu favor é a língua que falam, onde o salário não é o mais esperado. No meu dia-a-dia lido com algumas pessoas amigas que são pessoas muito prestáveis, mas não é fácil por vezes dialogar devido á cultura que têm na sua terra Natal.

Língua Portuguesa o seu percurso pelo Mundo

A língua portuguesa viajou por esse mundo fora.
A língua portuguesa foi transportada para os territórios colonizados durante a expansão extra-europeia, sendo um dos principais instrumentos desse processo.Quando a expansão começou no início do séc. XV, a língua acabava de sair de uma outra fase de expansão territorial, que a transportara até ao Algarve desde o seu berço: as terras galegas e nortenhas.
O português é uma língua nascida no norte e que cresceu para sul. Tal como aconteceu com o castelhano e com o francês, começou por ser um conjunto de dialectos provinciais (galego-portugueses), passou a língua de uma nação e depois a veículo de um império.
No período da expansão, enquanto se consolida e estrutura dentro de portas, a língua portuguesa expande-se para fora das fronteiras europeias. Nos séculos XV e XVI, à medida que Portugal criava o primeiro império colonial e comercial europeu, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo, estendendo-se desde as costas africanas até Macau, na China, ao Japão e ao Brasil, nas Américas
A Língua Portuguesa é falada oficialmente nos seguintes países: Brasil, Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe.
A África do Sul e a França são os países onde existe um maior número de falantes do português como língua estrangeira. Há, aproximadamente, 216,5 milhões de falantes da língua no mundo, distribuídos nos 5 continentes: América (Brasil), África (Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique República Democrática de São Tomé e Príncipe), Europa (Portugal), Ásia (Mação, Goa, Damão, Diu) e Oceânia (Timor).
Em Timor Leste é uma das duas línguas oficiais, sendo a outra o tétum. O português convive com idiomas nativos nos seguintes territórios: Diu, Damão, Goa e Macau.


Timor
Timor-Leste (oficialmente República Democrática de Timor-Leste) é um dos países mais jovens do mundo, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor na Oceânia. As únicas fronteiras terrestres que o país tem ligam-no à Indonésia.
Conhecido no passado como Timor Português, foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que se tornou independente, tendo sido invadido pela Indonésia três dias depois.
Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur". Em 30 de Agosto de 1999, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo organizado pela Organização das Nações Unidas.
A língua mais falada em Timor-Leste era o indonésio no tempo da ocupação indonésia, sendo hoje o tétum (mais falado na capital). O tétum é uma língua austronésia que é falada na parte sul da Indonésia como a maioria das línguas autóctones da ilha com muitas palavras derivadas do português e do malaio. Ambas formam as duas línguas oficias do país, enquanto o indonésio e a língua inglesa são consideradas línguas de trabalho pela actual constituição de Timor-Leste.
O português sobreviveu, no entanto, como língua de resistência, usada pela Fretilin e pelas outras organizações da resistência nas suas comunicações internas e no contacto com o exterior. Este uso do português, muito mais do que do tétum, conferiu-lhe uma enorme carga simbólica.
Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende a língua indonésia, mas só uma minoria o português.
O português influenciou profundamente o tétum, especialmente o dialecto falado em Díli, conhecido como tétum-praça, que constitui actualmente a versão oficial da língua e a que se ensina nas escolas.
De acordo com a Constituição de Timor-Leste, o tétum e o português têm o estatuto de línguas oficiais. Um pouco da nossa cultura linguística ficou implantada em Timor, muitas das palavras têm uma pronúncia fonética diferente das nossas como por exemplo: chegar [se._ga], chá [_sa], bicho [_bi.su, olho [_o.liu], espelho [es._pe.lu], vinho [_bi.niu], livro [_li.bRu], manteiga [man._te.ga], madeira [ma._de.Ra].
Para além da pronúncia ainda são utilizadas palavras que há muito foram esquecidas no nosso vocabulário do dia-a-dia como por exemplo: carreta para se referir a ‘carro’; tranqueira para se referir a ‘cerca”; ribeira para se referir a ‘rio’; grafeador para se referir a ‘grampeador’; regatear para se referir a ‘pechinchar’; formosura para se referir a ‘beleza’.

AS VANTAGENS DA DISPERSÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
A língua portuguesa, sendo falada em quase toda a parte do planeta, facilita bastante a implantação de Portugal nos mercados estrangeiros, ou seja, podemos encontrar produtos portugueses em qualquer parte do mundo onde estiverem portugueses ou onde se fala português. O falar português pelo mundo faz com que muitas pessoas tenham conhecimento sobre Portugal. Caso contrário éramos um povo desconhecido aos olhos do mundo. O falar português por povos diferentes em vários lugares do mundo torna se uma das grandes vantagens para Portugal.
Para além disso também nos traz algumas desvantagens como a chegada de pessoas vindas dos países lusófonos e que trabalham a baixo custo o com que faz com que a nossa economia se enfraqueça. O português muitas vezes é visto como uma língua próxima da língua espanhola. Não é muito falada nos outros países mais desenvolvidos como uma língua de conhecimento mundial.


http://abecs.net/ojs/index.php/papia/article/viewFile/102/335

sexta-feira, 25 de março de 2011







PATRIMÓNIO E MEMÓRIA

Falo hoje de uma memória de criança e que para mim é um património pessoal.
Falo sobre a minha relação com o santuário de Nossa Senhora Dos Remédios.
Nossa Senhora Dos Remédios situa-se na cidade de Lamego, no distrito de Viseu. No local onde está situado actualmente o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios existia antigamente outro local de romaria: desde 1361 que o povo acorria à capelinha dedicada a S.to Estêvão, peregrinando ao longo do desnível de 600 metros até atingir o cimo do monte.
No inicio do séc. XVI a pequena capela ameaçava ruir, o que levou o Bispo da cidade, D. Manuel de Noronha, a mandar construir uma nova igreja, à qual acrescentou nova devoção: uma imagem da virgem com o menino ao colo, que mandara trazer de Roma por ser considerada na «cidade santa» como grande remediadora dos males de que os crentes se lhe queixavam. Mas enquanto a virgem ia respondendo aos apelos dos crentes aflitos, conseguindo remédio para os seus males, o santo parece ficar esquecido das súplicas dos devotos, caindo no esquecimento.
No dia 4 de Agosto de 1748 foi eleita uma comissão para constituição da confraria que deveria providenciar a edificação de um Santuário dedicado, em exclusivo, à famosa Senhora dos Remédios. Dois anos depois, no dia 14 de Fevereiro, procedia-se ao lançamento da primeira pedra para a construção. Entretanto, arrastaram-se as obras devido à grandeza que lhes foram querendo impor, tendo apenas terminado em Setembro de 1905.
O altar-mor suporta um trono com a imagem da Nossa Senhora dos Remédios. Os dois altares laterais são dedicados aos pais da virgem, São Joaquim e Santa Ana. Os azulejos que cobrem as paredes contam a História da virgem e estão assinados por Miguel Costa, de Coimbra. Atente na decoração da fachada: cada espaço possível foi ocupado, não deixando nenhuma parte da parede vazia. Atreva-se a descer a escadaria formada por 686 degraus. O primeiro patamar, conhecido por Pátio dos Reis, representa 18 monarcas e sacerdotes de Israel pertencentes à árvore genealógica da Virgem. A decoração de cada patamar e as sucessivas variações de perspectiva, ajudarão a suavizar a peregrinação. E lembre-se que ainda mais difícil seria subi-los... Se visitar Lamego em Setembro, saiba que, entre os dias 6 e 8, se realiza a grande romaria iniciada por D. João VI, considerada a «romaria de Portugal». Um dos momentos altos de festa em honra da Senhora dos Remédios é a procissão do Triunfo: O andor é transportado por juntas de bois, com os carros magnificamente engalanados.
No final da escadaria está a Avenida Dr. Alfredo de Sousa. Dividida por duas ruas diferentes, devido a uma placa central separadora decorada com esculturas, colocadas em espelhos de água. Essas figuras que aí estão representam as 4 Estações do Ano. No final da avenida existem igualmente mais duas figuras femininas que seguram potes de onde jorram água. Essas figuras pela forma de como foram esculpidas levaram a chama-las de «cochichos», visto estas darem a entender que estão a falar uma ao ouvido da outra.
Para mim este local é lindíssimo pois foi aqui que passei grande parte da minha infância. Foi aqui que vivi momentos de alegria, momentos com familiares que apenas encontrava na altura da festa. Lembro-me de ter participado na romaria e ter feito de anjo durante a procissão mas o que eu gostava mesmo era de ver a fanfarra a tocar e no final da procissão não faltava a alegria vivida no parque de diversões nomeadamente no carrossel que ali se encontrava nestas alturas. Estes momentos que ali vivi ensinaram-me a gostar da cidade e das pessoas que ali vivem e de quem tenho as maiores saudades.
O Património deve-se conservar não só por cada pessoa mas sim por uma comunidade pois é um símbolo de riqueza emocional e cultural. O Património é uma herança que todos nós devemos manter para a preservação da nossa cultura moral.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Atentados contra as torres gémeas em Nova Iorque


No dia 11 de Setembro de 2001 estava a trabalhar na casa de um cliente, quando tomei conhecimento de um acontecimento terrível. Estava a ser informado pelo televisor sobre os atentados em Nova Iorque, onde milhares de pessoas morreram devido ao choque dos aviões contra as torres gémeas. Fiquei chocado ao ouvir esta notícia. Comecei logo a pensar que não estava seguro em lugar algum, e isto estava acontecer não só no meu pensamento mas em todo o Mundo onde a segurança estava a ser questionada.


Após esta data o Mundo não voltou a ser igual em termos de segurança, que ficou mais apertada não só nas ruas, nas embaixadas, mas também nos principais aeroportos em todo o Mundo. Começou a haver muito mais desconfiança em relação às pessoas de religião islâmica, pois os responsáveis eram dessa confissão e pertencem a uma rede terrorista com o nome AL-QAEDA. Este acontecimento veio não só afectar os Estados Unidos mas sim todo o Mundo não só ao nível da segurança mas também na questão do choque de religiões em todo o mundo. Na minha opinião o mundo não mais voltou a ser o mesmo, ou seja, a sensação de segurança desapareceu.